O governador Pedro Taques cobrou mais empenho
do Governo Federal no auxílio aos Estados brasileiros em ações de combate à
criminalidade e aumento da segurança na região de fronteira. Taques participou
na manhã desta sexta-feira (27-10-17), em Rio Branco (AC), do Encontro de
Governadores do Brasil pela Segurança Pública e Controle das Fronteiras:
Narcotráfico, uma emergência nacional", com a presença de quatro ministros
de Estado e outros 19 governadores.
"Nós estamos vivendo uma situação de
emergência. Precisamos da criação de um fundo, precisamos de dinheiro. Só os
Estados não têm condições de bancar a segurança", disse o governador de
Mato Grosso. Ele sugeriu, ainda, que o BNDES crie uma linha de crédito para que
os Estados possam aparelhar melhor suas forças policiais. "Leis e projetos
não vão resolver nossos problemas. Precisamos de menos discurso e mais recurso.
A longo prazo, precisamos de mudanças constitucionais que possam trazer para a
União mais responsabilidade na segurança pública".
O governador Pedro Taques, em seu discurso no
evento, disse que mesmo em meio à crise Mato Grosso tem conseguido reduzir os
índices de criminalidade. Ele citou a queda de 12% no número de homicídios em
Mato Grosso, além da redução nos números de roubos e furtos.
Ao final do encontro, os ministros e
governadores assinaram um documento, a Carta do Acre, com uma série de
sugestões de medidas. Entre elas está a construção de soluções em conjunto para
enfrentar o narcotráfico e o tráfico de armas e munições.
Entre as ações estão a criação de um plano
nacional integrado de Segurança Pública, integração de ações de Inteligência,
fortalecimento da cooperação internacional na faixa de fronteira e a liberação
de recursos para o fortalecimento do sistema prisional.
A Segurança Pública é um desafio que temos o
dever de enfrentar juntos, dentro dos marcos da federação", disse o
ministro Aloysio Nunes, da Relações Exteriores, ao citar duas propostas de
ações do ministério no combate a crimes transnacionais.
A primeira foi estabelecer mecanismos
operacionais com países vizinhos para integrar os sistemas de monitoramento de
fronteira. A segunda proposta é a necessidade de construir uma governança
regional na América do Sul na área de Segurança Pública. "Precisamos
estabelecer uma visão comum sobre as necessidades, vulnerabilidades,
potencialidades e desafios que compartilhamos. O Itamaraty está empenhado em
mobilizar os países da América do Sul nessa direção", completou o
ministro.
O ministro da Justiça, Torquato Jardim,
também participou do encontro e defendeu mais união entre os Estados e o
Governo Federal no combate à criminalidade. "O Brasil é vizinho de um dos
maiores produtores de maconha e cocaína. E consequentemente o segundo maior
consumidor. Essa realidade é dramática e precisa ser enfrentada. Estamos todos
em uma só voz fadados a trabalhar juntos. É preciso que as nossas políticas
reflitam isso", concluiu Torquato Jardim.
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