O brasileiro tem vivido mais, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa é de que a população idosa
triplique até 2050. Mas o grande desafio é conseguir envelhecer com saúde, já
que essa etapa da vida, por natureza, inspira mais cuidados, principalmente na
alimentação, porque que o organismo não consegue absorver todos os nutrientes.
A perda da dentição, do tônus muscular das estruturas faciais
(maxilar, bochechas, língua) e o uso de próteses dentárias são problemas comuns
aos idosos, que podem dificultar a mastigação adequada para triturar os
alimentos.
Desta forma, buscam mantimentos “moles” que geralmente são de
baixo teor nutritivo, ou o que pode ser mais prejudicial, muitos pacientes até
desistem de fazer corretamente as refeições. E a consequência é o risco de ter
desnutrição, desidratação e/ou pneumonia aspirativa.
A população que utiliza dentadura ou próteses removíveis sofre
muito, pois além da boca, o estômago e intestino também são atingidos. Isso
porque se desiquilibra a flora bacteriana levando à acidez e com isto vem o uso
de medicamentos que alcalinizam o estômago. Os remédios aliviam os sintomas,
mas começa uma morte lenta e gradual do organismo.
O estômago necessita da acidez para fazer a digestão e depois a
absorção dos nutrientes, como cálcio, vitaminas B12. Além disso, ocorre a
dificuldade na digestão de proteínas e absorção do ferro, que alteram a
produção de glóbulos vermelhos, acarretando em anemia.
Vejam como, o desconforto e alterações funcionais da boca, podem
causar problemas generalizados, a nível bioquímico. Quando essa pessoa torna-se
idosa, as coisas pioram, e a culpa aparente passa a ser a idade e não o
desequilíbrio generalizado.
O indivíduo torna-se cansado, debilitado e desnutrido, mas continua
pensando que as doenças chegaram devido à idade avançada. Um engano trágico, os
filhos aceitam estes argumentos e se consolam entendendo que está chegando o
fim da vida de seus pais.
Já ouvi muito dos pacientes na terceira idade, que não compensava
fazer uma prótese fixa em implantes dentários, pois já estavam no fim da vida.
Ouvi até mesmo de pessoas com 50 anos.
Outros possuem medo de fazer implantes dentários devido aos
traumas cirúrgicos, porque um amigo sofreu muito com a cirurgia e as próteses
deram problemas depois de pronta, entre tantas outras histórias.
Respeitamos muito os que possuem medo, entretanto hoje temos uma
saída muito simples para dar mais dignidade, já que a ausência de dentes e a
vida que se leva com estas próteses móveis, acabam por retirar o brio,
tornando-se desumano, depressivo e causando até baixa autoestima.
O “implante dentário guiado” por computador sem corte na mucosa é
colocado apenas por uma perfuração, evitando assim o sangramento e as dores.
Essa inovação é conhecida também como cirurgia guiada por computador. O
primeiro passo dessa técnica é realizar uma tomografia tridimensional via
computador da arcada dentária do paciente.
Por meio dessa tecnologia o dentista pode realizar o implante em
3D, observando sua posição e inclinação. Também é possível saber quantas peças
serão necessárias e a profundidade de cada uma delas.
Dessa forma, o profissional terá uma espécie de guia cirúrgico
para facilitar o procedimento sem cortes, com a colocação dos implantes na
gengiva.
Um dos diferenciais desta técnica é o pós-operatório, por
não ser dolorido e longo. Por isso, o tratamento também é indicado para pessoas
com hipertensão e diabetes.
O receio de ter muito sangramento, durante e após a cirurgia, ou
da demora na cicatrização é minimizada pelo procedimento sem cortes.
O fato de poder restabelecer a função mastigatória, sorrir com
tranquilidade e naturalidade melhora a autoestima e a qualidade de vida de
qualquer ser humano.
Drº Rosário Casalenuovo Júnior, é Diretor Clínico do Instituto
Machado de Odontologia – Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT) e
Presidente da ABOR-MT (Associação Brasileira de Ortodontia - SEC.MT). Email: dr.rosario@institutomachado.com.br
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