Cada um tem o seu lugar.
Apesar de ver que algumas pessoas
ainda se encontram a questionar se realmente têm dom para alguma coisa, se
sabem fazer alguma coisa, eu quero aqui dizer:
Sim! Todos sem exceção temos um
caminho.
Por um lado temos a empresa, que
muitas vezes faz a contratação sem uma análise mais criteriosa do cargo em
aberto, primeiro se deve questionar:
Qual a função do cargo em
questão?
Qual a função se deve cumprir para
que minha empresa chegue lá?
Assim, qual o perfil que essa pessoa
precisa ter?
Quais tipos de conhecimentos mínimos
são necessários para exercer as tarefas que o cargo exige?
Quais habilidades precisar dominar?
Quais atitudes que esta pessoa precisa ter, para que o setor atinja os
resultados.
Com essas perguntas mais
esclarecidas, podemos por parte da empresa, facilitar mais a escolha do perfil
ideal para a função em aberto.
Por outro lado, o mesmo movimento
precisa ser feito pelo candidato que está na busca de colocação ou recolocação
no mercado.
Assim como a empresa, é muito
importante também, que o candidato tenha claro pra si quais são seus objetivos
profissionais, e deve pensar se estes estão alinhados e "conversam"
com os objetivos e expectativas pessoais. Dessa forma se define o primeiro
passo de forma estratégica, e na sequência o segundo, terceiro e quarto são
feitos.
Quem aqui se lembra da história do
Robson? Escrevi sobre ele no artigo anterior, o candidato que queria ser
mecânico, mas não tinha perfil ainda, e se dispôs a iniciar sua jornada como
faxineiro em uma empresa, na qual possuía o setor de mecânica, visando os
passos seguintes.
Assim, quando for em busca, é muito
importante responder antes alguns questionamentos:
No que gostaria de me ver fazendo/
trabalhando para o resto da minha vida, enquanto tiver força e energia?
Quais são as maiores habilidades que
tenho, ou facilidades?
Como é meu perfil?
Sou mais organizado/estruturado,
sonhador/ criativo?
Gosto mais de estar no meio de
pessoas, conversando, me relacionando? Sou mais introvertido?
Sou de execução, às vezes ansioso,
impulsivo até, mas não deixo para amanhã o que precisa ser realizado hoje?
Quem sou eu? A partir das respostas a
essa pergunta, o próximo passo importante seria: No cargo que estou me
candidatando, meu jeito de ser e expectativas "conversam" com as
expectativas desta oportunidade? Vou ter facilidade em desenvolver,
desempenhar, ou terei que me esforçar muito mais, pois não está dentro da minha
zona de facilidade e controle?
A próxima reflexão a ser feita,
crucial e matadora: Se eu for contratado, serei feliz fazendo isso que estou me
predispondo? Se não for feliz, pelo que ou por qual conquista estarei me
sacrificando temporariamente?
Preste atenção nessas
perguntas!
Não vou repeti-las mais uma vez, por
isso, verifique o quanto as respostas a elas farão sentido pra você!
Para a empresa:
Se contratar este perfil, dentro do
que ele ainda precisa desenvolver, eu tenho predisposição para ensinar e
aguardar amadurecer? Quanto tempo eu tenho? É real dentro do perfil do
candidato que se apresenta? Essas respostas são tão importantes quanto as
primeiras.
Aqui muitas vezes estão os pontos de
decisão, se estou fazendo a escolha certa (seja empresa, seja candidato), ou se
estou só tampando um buraco, como muitas vezes fazemos em algumas situações na
vida, tomando atitudes provisórias, que às vezes são necessárias sim, como no
caso do Robson relatado acima, mas que como este mesmo caso, só terão utilidade
se usadas de forma estratégica, como uma ponte e realmente provisória. Se usada
de forma permanente e insistente, provavelmente farão a empresa e o
profissional paralisarem e então regredirem.
Darei um exemplo prático e metafórico
para compreensão do que digo acima.
Certa vez fui fazer uma palestra em
um lugar e no meio do evento o ar condicionado começou a pingar dentro da sala.
Precisava de uma ação provisória. Inicialmente um pano e um rodo, para secar a
aguaceira e posteriormente um balde para armazenar o vazamento até que o
próximo passo necessário fosse feito, chamar o técnico para limpeza e correção.
Ação não realizada nas próximas cinco idas àquele lugar no período de 4 meses.
Resultado: o aparelho parou de funcionar. Pifou. Neste momento o técnico foi
chamado. Qual o risco? Talvez o de não se reverter mais o problema. Não sei o
que houve com aquele ar condicionado, mas o acontecimento me fez pensar sobre
as atitudes, que deveriam ser provisórias e estratégicas para o próximo passo
certeiro a ser feito, mas que infelizmente pela passividade e acomodação se
tornam permanentes.
Às vezes isso acontece na vida
profissional de muitos e em muitas empresas por parte de alguns líderes.
Analise a si mesmo! Como estão suas
escolhas? Quais arranjos provisórios por acomodação estão perdurando no tempo?
O quanto isso tem barrado (sem perceber), paralisado e até lhe puxando para
trás nos avanços, que você precisa dar na vida? E quantas vezes você empresa,
na busca por resultados e prosperidade, ficou estagnada por falta de coragem de
tomar atitudes de impactos mais profundos, das mudanças necessárias? Convido
você profissional e empresa a pensarem nisso!
Cynthia Lemos é Psicóloga Empresarial
e Coach na Grandy Desenvolvimento Humano. Email: cynthia@grandy.com.br
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