Em entrevista ao Canal Livre, que foi ao ar neste domingo (19-11-17), na Band, o deputado federal Jair
Bolsonaro (PSC-RJ) disse que não contribuiu para o
clima de ódio presente na internet – e no Brasil como um todo. "Não prego
ódio. Sou paz e amor", falou. "Ninguém, mais do que eu, sofre na
internet. Sou vítima". O
deputado disse ainda que, se não houver fraude nas eleições de 2018, com
certeza chegará ao segundo turno da disputa presidencial.
"Sou
diferente de todos os presidenciáveis que estão aí. Quem declara voto em mim
dificilmente mudará. Não havendo fraude, com certeza estarei no segundo
turno", afirmou.
O pré-candidato
diz contar com a simpatia de grupos específicos, como os evangélicos, os que
querem ter arma em casa e setores do agronegócio. Acredita, no entanto, que as
eleições em urnas eletrônicas no Brasil não são limpas, e por isso defende a
impressão do voto.
Por quase uma
hora, tratou de temas como economia, segurança pública e a relação entre
Executivo e o Congresso.
Questionado sobre
manifestações pelo país que defendem o autoritarismo, disse que nunca pregou
uma intervenção militar. "Mas se chegarmos ao caos, as Forças Armadas vão
intervir para a manutenção da lei e da ordem", afirmou, ecoando comentário
similar do general Antonio Hamilton Mourão em setembro deste ano.
Bolsonaro disse
ser favorável à privatização de estatais, mas defendeu que cada caso específico
seja analisado com cuidado. Vê com receio, por exemplo, a entrada de capital
chinês no país. "A China não está comprando do Brasil, e sim o
Brasil."
Na conversa
Bolsonaro afirmou ainda ser imune à corrupção e que, em caso de vitória, não
seguirá o modelo "toma lá, dá cá" para distribuir cargos. Comporá um
eventual ministério, afirmou, guiado apenas por critérios de competência, sem
buscar agradar movimentos feministas, negros ou LGBTs.
Quanto a este
último ponto, criticou a discussão de gênero nos colégios. "Eu quero que
todos, inclusive os gays, sejam felizes, mas que esse tipo de comportamento não
seja ensinado nas escolas", argumentou. "Os pais querem ver o filho
jogando futebol, não brincando de boneca por causa da escola."
Ao tratar o tema
da segurança pública, um dos principais eixos de seu discurso, defendeu maior
rigor e a adoção de medidas enérgicas no combate ao crime. "Se morrerem 40
mil bandidos [por ano, por ação da polícia], temos que passar para 80 mil. Não
há outro caminho. Não dá para combater violência com políticas de paz e
amor", afirmou. "Preso não
deve ter direito nenhum, não é mais cidadão. O sentido da cadeia não é
ressocializar, mas tirar o marginal da sociedade."
No encerramento do
programa, em suas considerações finais, Bolsonaro afirmou que o Brasil
"precisa de um presidente honesto que tenha Deus no coração".
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