O revisor da Operação Lava Jato no Tribunal
Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), desembargador Leandro Paulsen, vota
pela manutenção da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo
crime de corrupção passiva no caso triplex no histórico julgamento da apelação
da defesa do petista, nesta quarta-feira, 24.
"A autoria e os vínculos de casualidade entre sua (Lula) conduta e
atos praticados é inequívoco. Agiu pessoalmente para tanto. Bancou queda de
braços com a diretoria da Petrobras e ameaçou substituir diretores da Petrobras
para facilitar contratações", afirmou o desembargador, que ainda não
concluiu a leitura de seu voto. "Há elemento que (Lula) concorreu de modo
livre e consciente para os crimes."
Com o voto, serão dois
votos na 8.ª Turma Penal do TRF-4 - falta apenas o voto do desembargador Victor
Laus - pela manutenção da pena de prisão dada a Lula por envolvimento no
esquema de corrupção na Petrobras.
"A corrupção cometida por um presidente torna vil o exercício da
autoridade. Aqui, ninguém pode ser condenado por ter costas largas, nem
absolvido por ter costas quentes", afirmou Paulsen, que votou na sequência
do relator do processo, desembargador João Pedro Gebran Neto.
A denúncia da força-tarefa da Lava Jato atribui a Lula a lavagem de R$
2,2 milhões. O valor corresponde ao triplex no condomínio Solaris, no Guarujá,
e suas respectivas reformas, supostamente custeadas pela empreiteira OAS. O
processo envolve o suposto favorecimento da construtora em contratos com a
Petrobras.
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