Agentes e delegados do Grupo de Atuação
Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com participação da Delegacia Fazendária
(Defaz), estão desde o início da manhã desta segunda-feira (19-02-18) realizando
buscas e operações em diversos locais em Cuiabá e interior do estado. Entre
esses locais estão a presidência da Assembleia Legislativa, casa do
presidente da AL, deputado Eduardo Botelho, e do também deputado Mauro Savi,
ambos do PSB. O ex-deputado federal Pedro Henri, também é alvo das buscas.
As ações da operação, que recebeu o nome de “Bereré”,
contam com apoio de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ao
todo, estão envolvidos no cumprimento da
ordem judicial uma força-tarefa com cerca de 200 integrantes, entre policiais
civis, militares, delegados e promotores de justiça.
Os mandados judiciais foram
expedidos pelo desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de
Mato Grosso (TJMT) e estão sendo cumpridos em Cuiabá, Sorriso e Brasília.
"A operação tem por objetivo
desmantelar uma organização criminosa, que atuava junto ao Departamento
Nacional de Trânsito urdida para desvios de recursos públicos", diz trecho
de nota distribuida à imprensa pelo Gaeco.
A investigação do
Detran tem como base a delação premiada do ex-presidente da
autarquia, Teodoro Moreira Lopes, o Doia, firmada há mais de um ano. O
acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outro delator que
também apontou Mauro Savi como beneficiário de esquema de propina no Detran foi
o empresário Antônio Barbosa, irmão do ex-governador Silval Barbosa.
Conforme revelou Toninho Barbosa,
Savi gerenciava um esquema de propina na autarquia durante a gestão de seu
irmão. A delação de Toninho também foi homologada pelo Supremo.
Outro alvo de mandado
judicial é Dalton Luis Santos Vasconcelos que já trabalhou no Detran e
teria uma forte ligação com o ex-presidente da autaquia, Teodoro Lopes. Os
agentes também apreenderam documentos e computadores na empresa Santos
Treinamento e Capacitação Pessoal, localizada na Avenida Historiador Rubens
Mendonça (Av. do CPA), em Cuiabá.
Dóia revelou esquemas de
corrupção na autarquia que tiveram início em 2009. Conforme os depoimentos
prestados por ele ao Ministério Público, o esquema renderia pelo menos R$
1 milhão por mês. As empresas FDL Serviços de Registro, Cadastro,
Informatização e Certificação (hoje EIG Mercados Ltda) e a Santos Treinamento
Ltda teriam sido usadas para lavar dinheiro no esquema. .jpg)
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