Em seu primeiro dia (terça-feira 27-02-18) à
frente do novo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, o ministro Raul
Jungmann decidiu mexer no comando da Polícia Federal, substituindo Fernando
Segovia por Rogério Galloro no cargo de diretor-geral da corporação. Ex-diretor
executivo da PF, Galloro é o atual secretário nacional de Segurança Pública.
Antes mesmo de sua posse como ministro da Segurança Pública, ocorrida no
final da manhã desta terça, 27, Jungmann conversou sobre o assunto com
Michel Temer. Na conversa, o ministro manifestou o desejo de fazer a troca no
comando da PF e obteve a aprovação do presidente.
Desde o início do mês, quando concedeu uma entrevista a Agência Reuters
afirmando que, no inquérito em que Temer e outros acusados são investigados
pela PF, os "indícios são muito frágeis", sugerindo que o inquérito
"poderia até concluir que não houve crime", Segovia vinha sofrendo
críticas e sendo alvo de questionamentos.
Na segunda-feira, 26, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso uma
medida judicial para que Segovia se abstivesse de “qualquer ato de ingerência
sobre a persecução penal em curso”.
Na semana passada, Fernando Segovia disse ao ministro Barroso, que
conduz o inquérito sobre Temer no STF, que não pretendeu “interferir, antecipar
conclusões ou induzir o arquivamento” do inquérito sobre o presidente Michel
Temer. Ao ministro, Segovia ressaltou que suas declarações foram
"distorcidas e mal interpretadas”, que não teve intenção de ameaçar com
sanções o delegado responsável pelo caso e também se comprometeu a não dar mais
declarações sobre a investigação.
Agência Brasil
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