Um em cada dois jovens brasileiros com idade entre
19 e 25 anos corre sério risco de ficar fora do circuito dos bons empregos no
País e, com isso, está mais vulnerável à pobreza. É o que aponta o relatório
"Competências e Empregos: Uma Agenda para a Juventude", divulgado
nesta quarta-feira (07-03-18) pelo Banco Mundial.
O documento diz que 52% da população jovem
brasileira, quase 25 milhões de pessoas, está desengajada da produtividade.
Nessa conta, estão os 11 milhões dos chamados "nem-nem", aqueles que
nem trabalham, nem estudam. A eles, foram somados aqueles que estão estudando,
mas com atraso em sua formação. E os que trabalham, mas estão na informalidade.
Além da ameaça ao futuro desses jovens, essa
situação leva a outra consequência séria: ela põe em risco o crescimento da
economia brasileira. Isso porque o País vai depender do trabalho deles para
continuar produzindo. Mais ainda, vai precisar que eles sejam mais produtivos
do que seus pais para reverter uma tendência de queda na taxa de crescimento do
Brasil.
A urgência na adoção de uma agenda para que o
Brasil produza melhor com os recursos que possui foi analisada em outro
relatório: "Emprego e Crescimento: a Agenda da Produtividade", também
divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Mundial. No entendimento dos economistas
do organismo, os dois temas estão profundamente relacionados. A melhora na
formação de jovens e sua preparação para o mercado de trabalho é um dos itens
da agenda da produtividade.
O relatório traz evidências de que a educação no
País é falha e não se traduz em aumento de produtividade. Na Malásia, por
exemplo, um ano a mais na escola resulta numa elevação de US$ 3.000,00 no
salário. Na Turquia, US$ 4.000,00. Na Coreia do Sul, US$ 7.000,00. No Brasil, o
ganho é próximo a zero. "Precisamos de uma educação de qualidade que
cumpra sua missão de dar competência aos jovens", disse a economista do
Banco Mundial Rita Almeida.
.jpg)
0 comentários:
Postar um comentário