Desde o começo de 2017, ao menos um
trabalhador brasileiro morreu a cada quatro horas e meia, vítima de acidente de
trabalho. O dado é do Observatório Digital de Saúde e
Segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do
Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e cujos
resultados atualizados foram apresentados nesta segunda-feira (05-03-18).
Com base em informações disponibilizadas por vários órgãos
públicos, o observatório estima que, entre o começo do ano passado e as 14h de
hoje, foram registradas 675.025 comunicações por acidentes de trabalho (CATs) e
notificadas 2.351 mortes.
Ainda de acordo com o observatório, entre 2012 e 2017, a
Previdência Social gastou mais de R$ 26,2 bilhões com o pagamento de
auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, auxílios-acidente e pensões por
morte de trabalhadores.
Setorialmente, as notificações de acidente de trabalho foram
mais frequentes no ramo hospitalar e de atenção à saúde, público e privado,
onde foram registradas 10% das CATs.
Na sequência aparecem o comércio varejista
(3,5%); a administração pública (2,6%); Correios (2,5%) e a construção (2,4%),
seguido pelo transporte rodoviário de cargas (2,4%). Entre os profissionais
mais vitimados estão os que trabalham em linhas de produção; os técnicos de
enfermagem; faxineiros; serventes de obras e motoristas de caminhões. Quem
trabalha em contato com máquinas e equipamentos tem mais chances de se
acidentar e de sofrer ferimentos mais graves.
.jpg)
0 comentários:
Postar um comentário