Três anos depois de assolada pela prisão de
cartolas, em seu hotel em Zurique, a Fifa segue com a "limpeza" da
entidade e exclui o último dirigente envolvido naquele escândalo de corrupção e
que continuava sem uma punição por parte da organização. Nesta sexta-feira, a
Fifa anunciou que baniu o brasileiro Marco Polo Del Nero de todas as atividades
do futebol por toda sua vida, além de aplicar uma multa de 1 milhão de francos
suíços (cerca de R$ 3,5 milhões).
Isso significa que ele não pode nem entrar na CBF
para eventos sociais, não pode presidir clubes de futebol e nem fazer parte de
organização de torneios. Ele foi punido por corrupção, por aceitar presentes de
forma indevida e gestão desleal.
Del Nero foi indiciado pela Justiça dos Estados
Unidos em 2015. Mas, desde então, passou a evitar sair do Brasil para não ser
preso. No final do ano passado, porém, ele foi suspenso temporariamente, depois
que a Fifa recebeu evidências dos procuradores dos EUA sobre sua participação
em esquemas de corrupção na CBF. Prevendo sua queda definitiva, Del Nero se
apressou para montar uma transição na entidade do futebol brasileiro que
resguardasse seus interesses.
Para isso, manobrou para conseguir que Rogério
Caboclo, seu aliado, fosse eleito, sem oposição e sem qualquer outro candidato
na disputa. A mesma estratégia já havia sido adotada por Ricardo Teixeira,
quando deixou a CBF em 2012 e escolheu a dedo seus sucessores.
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