Três anos depois de promover o maior abalo na história do esporte,
investigadores da Suíça acumulam o equivalente a 27 mil CD-Roms de informações
sobre dezenas de dirigentes, envolvendo processos de escolha de sedes de Copas
do Mundo e sobre entidades ligadas ao futebol.
O Ministério Público da Suíça reuniu, desde 2015, um total de 19
terabytes de informações sobre contas bancárias, extratos, documentos,
contratos e milhares de e-mails entre os suspeitos. Os processos, apesar de já
ter levado à prisão de Jose Maria Marin e duas dezenas de cartolas, ainda está
longe de uma conclusão.
O volume de informação é equivalente a 27 mil CDs ou mais de três vezes
a informação continua nos dados da Wikipedia. O que o Caso Fifa gerou até agora
em termos de informações seria perto de 50% do que o Telescópio Hubble captou
durante 20 anos de sua existência.
De acordo com o MP suíço, os
investigadores conduziram uma série de medidas e operações em 2017, como parte
de inquéritos envolvendo 25 processos criminais em andamento contra dirigentes
esportivos. Entre os investigados está o do brasileiro Ricardo Teixeira. Em
2016 o FBI encontrou contas na Suíça e sugeriu que, mesmo não estando em seu
nome, elas seriam de fato controladas pelo Teixeira.
De acordo com Berna, foi o resultado desse processo que levou a
procuradoria a abrir um inquérito contra Jérôme Valcke, ex-secretário-geral da
Fifa, e contra Nasser Al-Khelai, CEO do Paris Saint Germain.
Os suíços ainda apontam que, graças à cooperação com França, Itália,
Grécia e Espanha, diversos endereços pelo continente europeu foram alvos de
operações simultâneas em outubro de 2017.
Também no ano passado, o MP suíço concluiu o primeiro caso nas
investigações iniciadas em 2015. "Um ex-empregado de um banco suíço foi
condenado por falsificar documentos e violações das regras que o obrigavam a
alertar sobre atividades de lavagem de dinheiro", indicou. Ele teria se
beneficiado de pagamentos de US$ 650 mil.
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