A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (24-04-18) operação
no Congresso Nacional, que tem como alvos o deputado federal Eduardo da Fonte
(PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Também há um mandato de prisão
contra o ex-deputado Márcio Junqueira, de Roraima.
Na nova
fase da Lava Jato, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal),
aponta a necessidade de obter provas referentes aos crimes de embaraço à
investigação de organização criminosa.
Em nota, a Procuradoria-Geral da República afirmou que estão sendo
cumpridos nove mandados, sendo oito de busca e apreensão e um de prisão
preventiva.
Embora não cite o nome dos
parlamentares (devido ao sigilo da operação), a PGR diz que as ordens
determinadas por Fachin, a pedido da procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, têm como objetivo “reunir mais provas de que os dois políticos
tentavam comprar o silêncio de um ex-assessor que tem colaborado com as
investigações.”
O ex-parlamentar é apontado,
segundo a PGR, como “o intermediário do esquema, que inclui o pagamento de
despesas pessoais, ameaças e até proposta para a mudança do teor de depoimento
que incriminaria os alvos da operação de hoje”.
A procuradoria afirma que as
buscas ocorrem, além de Brasília, em Teresina, Recife e Boa Vista.
Em sua decisão,
Fachin autorizou a Polícia Federal a recolher documentos, artigos
eletrônicos e dinheiro em espécie acima de R$ 50 mil, entre outros itens.
Fachin determinou que os
mandados sejam cumpridos “com a máxima discrição e com a menor ostensividade”.
Nas ordens de buscas nos
gabinetes dos parlamentares, Fachin destacou que os mandados devem
ser cumpridos com o acompanhamento de um funcionário do Congresso e que as
justificativas para os itens recolhidos devem estar fundamentadas nos autos da
operação.
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