Terminou às 17h desta sexta-feira (06-04-18) o
prazo estipulado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal no Paraná, para que
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se apresentasse voluntariamente à
Polícia Federal em Curitiba. Até o momento, o ex-presidente não se manifestou
sobre se irá se entregar à PF. Ele também não fez nenhum pronunciamento desde a
expedição de sua ordem de prisão.
Desde a quinta, 5,, quando a ordem de prisão foi emitida, Lula está no
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). No sindicato,
o ex-presidente reuniu-se com lideranças do partido e seus advogados e passou a
noite no local. Do lado de fora, militantes fazem uma vigília em apoio a Lula.
Minutos antes do fim do prazo, os manifestantes fizeram uma contagem regressiva.
Logo após às 17h, aplaudiram e gritaram: "Não tem arrego". Muitos
gritam que não deixarão o ex-presidente ser preso.
“Relativamente ao condenado e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
concedo-lhe, em atenção à dignidade cargo que ocupou, a oportunidade de
apresentar-se voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba até as 17h do dia
06/04/2018, quando deverá ser cumprido o mandado de prisão”, decidiu Moro na
ordem de prisão.
Em Curitiba, o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula informou
que estava negociando com a defesa do ex-presidente para que ele se
apresentasse. De acordo com o delegado, não está descartada o prosseguimento da
negociação mesmo após o fim do prazo estabelecido pela Justiça.
O delegado disse que a intenção é evitar confrontos, já que o
ex-presidente está no sindicato cercado por apoiadores. Igor de Paula
acrescentou que é remota a chance de a Polícia Federal entrar no sindicato para
prender o ex-presidente.
STJ
Antes das 17h, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix
Fischer negou habeas corpus protocolado pela defesa do ex-presidente para
anular o decreto de prisão assinado pelo juiz federal Sérgio Moro.
Na decisão na qual decretou a prisão, Moro explicou que Lula não ficará
em uma cela “em atenção à dignidade cargo que ocupou”. De acordo com o juiz, o
ex-presidente deve ficar separado dos demais presos para “preservar sua
integridade física e moral”.
Agência Brasil
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