Um ex-servidor da
Assembleia do Estado de Mato Grosso (ALMT), que morreu no dia 20 de maio de
1990, continua a receber seus salários normalmente e benefícios de elevação de
carreira. Foi isso que detectou a 35ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá,
que instaurou inquérito civil público para apurar o suposto pagamento de
salários a Luiz Cândido da Silva, que morreu há mais de 28 anos.
O promotor de Justiça
Célio Joubert Fúrio assinou portaria de número 16/2018 e que pede explicações sobre
o caso. O então servidor ocupava o cargo de técnico legislativo de nível médio,
foi estabilizado e, posteriormente, recebeu reenquadramentos, progressões,
elevações de classes e níveis de carreira.
No Portal da Transparência do
legislativo de Mato Grosso, Luiz Cândido da
Silva aparece como ativo e lotado na Secretaria de Gestão de Pessoas,
com remuneração bruta de R$ 13,2 mil.
Célio Fúrio determinou que o
diretor do Departamento de Pessoal da Assembleia seja oficiado para apresentar
explicações sobre o fato apurado, encaminhando a ficha funcional atualizada e
completa, com todas as averbações (reenquadramentos, progressões, elevações de
classes e níveis), dados pessoais e conta bancária utilizada para pagamento dos
salários.
O diretor do Legislativo Estadual
também terá que verificar e informar ao MPE a existência de servidor falecido
com o mesmo nome do investigado e, em caso afirmativo, apontar o beneficiário
da pensão por morte.
A viúva do investigado, que é
servidora da Prefeitura de Cuiabá, também foi notificada a comparecer na
Promotoria de Justiça no próximo dia 16 de julho para prestar esclarecimentos
sobre os fatos. Ela terá que levar a cópia autenticada da certidão de óbito de
Luiz Cândido da Silva, e também outros documentos pessoais e funcionais dele. Click aqui para ver matérias na página inicial
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