Em tempos de crise e de crédito mais escasso, pedir o
nome emprestado para realizar compras é a saída que muitos brasileiros
encontram para não deixar de consumir. Um levantamento realizado pelo Serviço
de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) em todas as capitais revela que essa prática não é incomum no
país. Em cada dez brasileiros, quatro (44%) já pediram o nome emprestado a
outras pessoas para fazer compras a crédito – principalmente as pessoas das
classes C, D e E (48%) e as mulheres (49%). Os que disseram nunca terem lançado
mão dessa atitude somam 56% dos entrevistados.
De acordo com a pesquisa, as pessoas às quais os
entrevistados mais recorreram em busca de ajuda financeira foram os pais (29%),
cônjuges (24%), familiares (21%), amigos (18%), irmãos (18%), namorados (6%) e
até mesmo colegas de trabalho (5%).
Um dado curioso é que, embora tenham sido beneficiados pela
ajuda de outra pessoa, 48% desses entrevistados reconhecem que não teriam a
mesma atitude e, portanto, não emprestariam seu nome ou documentos para que
outras pessoas realizassem compras. Dos que pediram o nome emprestado, 64%
consideraram o pedido fácil de ser atendido.
Eletrônicos e roupas são os produtos mais adquiridos com
documentos de terceiros; em 33% dos casos, o cartão de crédito é o meio de
pagamento mais solicitado (33%) pelos consumidores que realizam compras em nome
de outra pessoa - essa proporção aumenta para 36% nas classes de mais baixa
renda e para 38% entre as mulheres. Em seguida, aparecem crediário (12%),
cheque (4%), empréstimos (3%) e financiamento (3%) como as modalidades mais
frequentes.
Foram entrevistados 910 consumidores no mês de março, nas 27 capitais
brasileiras, acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes
sociais. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para uma confiança de
95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/ pesquisas
Com informações da assessoria
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