As emissões dos principais gases de efeito
estufa – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – alcançaram novos recordes
no ano passado, de acordo com o relatório Estado do Clima 2017, divulgado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos
Estados Unidos (NOAA) e pela Sociedade Meteorológica Americana.
O documento, produzido por mais de 450 cientistas de 60 países, apresenta os dados detalhados sobre os principais indicadores climáticos de 2017, incluindo emissões de gases de efeito estufa, temperatura, precipitação, nível dos oceanos, alterações na extensão das geleiras e ocorrência de ciclones tropicais.
O documento, produzido por mais de 450 cientistas de 60 países, apresenta os dados detalhados sobre os principais indicadores climáticos de 2017, incluindo emissões de gases de efeito estufa, temperatura, precipitação, nível dos oceanos, alterações na extensão das geleiras e ocorrência de ciclones tropicais.
De acordo com o relatório, a média de concentração de dióxido de carbono
na superfície da Terra em 2017 foi de 405 partes por milhão (ppm) – um valor 2
ppm maior que o de 2016 e o mais alto já medido até hoje. Além das medições
feitas na atmosfera, o relatório considera as medições feitas a partir de
testemunhos de gelo, que registram as concentrações de carbono nos últimos 800
mil anos. Segundo o relatório, o aumento das taxas de CO2 na atmosfera
quadruplicou desde o início da década de 1960.
Em relação ao aquecimento global, o relatório mostra que vários países –
incluindo Argentina, Uruguai, Espanha e Bulgária, registraram recordes
históricos de temperaturas anuais. O México quebrou esses recordes pelo quarto
ano consecutivo.
As temperaturas globais na superfície dos continentes e dos oceanos, em
2017, ficaram 0,38 ou 0,48 grau Celsius – dependendo do conjunto de dados
utilizado – acima da média registrada entre 1981 e 2010. Com isso, 2017 foi o
segundo ou terceiro ano mais quente desde que os registros tiveram início, na
segunda metade do século 19.
Segundo o relatório, todos os quatro anos mais quentes já registrados
ocorreram a partir de 2014. O ano mais quente da história foi 2016, seguido de
2015. Considerando apenas os anos sem El Niño, 2017 foi ano mais quente já
registrado.
A temperatura média anual na baixa troposfera – a parte da atmosfera
abaixo de 10 quilômetros de altitude – em 2017 foi 0,38 ou 0,58 grau Celsius
acima da média registrada entre 1981 e 2010, dependendo do conjunto de dados
analisado. Esse número representa uma queda de mais de 0,1 grau Celsius em
comparação à temperatura recorde registrada em 2016.
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