Pela primeira vez desde 2007, nem Lionel
Messi e nem Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa. O
responsável por interromper a longa hegemonia da dupla e faturar o prêmio da
temporada 2017/2018 foi o croata Luka Modric, que recebeu a honraria na festa
The Best da entidade realizada nesta segunda-feira (24-09-18), em Londres.
Modric deixou para trás os outros dois finalistas, o próprio Ronaldo e o
egípcio Mohamed Salah, para ficar com o troféu pela primeira vez na carreira.
Aos 33 anos, aliás, esta era a primeira vez que o croata aparecia entre os três
melhores do mundo.
"É uma grande honra, um sentimento lindo estar aqui com este
troféu. Antes de mais nada, quero dar o parabéns ao Cristiano e ao Salah pela
grande temporada. E tenho certeza que eles terão a chance de lutar novamente
pelo prêmio em breve. Este troféu não é só meu, é dos meus companheiros no
Real, colegas na Croácia e meus técnicos. Muito obrigado a todos",
declarou o meia.
De fato, Modric teve uma temporada marcante em 2017/2018. O croata foi
fundamental na campanha de mais um título da Liga dos Campeões pelo Real
Madrid, seu quarto pelo clube, mas, principalmente, levou seu país a uma
campanha histórica na Copa do Mundo da Rússia. Afinal, a Croácia surpreendeu,
chegou à final pela primeira vez e só não foi campeã porque perdeu a final para
a França.
Tal desempenho na temporada já havia dado a Modric dois prêmios
individuais bastante importantes. Ele foi eleito o melhor jogador da Copa da
Rússia, apesar da derrota na final, e também foi escolhido o principal atleta
da Uefa em 2017/2018, deixando para trás justamente Ronaldo e Salah.
Atual bicampeão da premiação e dono de cinco troféus no total, Ronaldo
viu pesar contra si a fraca campanha de Portugal na Copa do Mundo. Se foi um
dos destaques do título europeu do Real Madrid, o astro teve bom desempenho na
Rússia apenas nas duas primeiras partidas e não impediu a eliminação precoce
nas oitavas de final para o Uruguai.
Situação semelhante à de Salah. Após ser o grande destaque no futebol
inglês em 2017/2018 e quebrar o recorde de gols em uma temporada do Campeonato
Nacional, o egípcio caiu na decisão da Liga dos Campeões com o Liverpool,
justamente para o Real, e, prejudicado por uma lesão no ombro, foi apenas
discreto na queda de seu país ainda na primeira fase da Copa.
Esta também foi a primeira vez em 11 anos que Messi ficou fora até do
pódio, apesar de ter sido o maior artilheiro da Europa na temporada 2017/2018 e
de ter levado mais um título do Campeonato Espanhol. Ele vinha ocupando o palco
desde 2007 e, como Ronaldo, também ganhou o troféu em cinco ocasiões.
Antes de Modric, o último nome que não Ronaldo ou Messi a ganhar o
prêmio foi o agora aposentado Kaká, ainda em 2007. De lá para cá, Neymar ficou
na terceira posição da eleição em duas oportunidades - 2015 e 2017 - e foi o
brasileiro que mais se aproximou de ganhar com o prêmio.

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