Em encontro com empresários americanos e brasileiros nesta
segunda-feira (24-09-18), em Nova York, o presidente Michel Temer disse que,
após o resultado das eleições, irá trabalhar para emplacar a reforma da
Previdência. "Procurarei o presidente eleito. E tenho certeza que, ao
procurá-lo, ele atentará para o fato de que a medida é indispensável. Não é
essencial para um governo, é essencial para o Brasil", disse Temer,
apostando superar o que chamou de "dificuldade de natureza eleitoral"
para aprovar a reforma nos dois meses finais de seu mandato.
Ao falar
sobre eleições, ele afirmou ainda que não há espaço para alternativas políticas
à democracia no País. "Hoje não existe no Brasil qualquer espaço político
para que prosperem alternativas ao estado democrático de direito",
afirmou. "Nós consolidamos três consensos fundamentais (desde a Constituição
Federal de 1988): primeiro, em torno da democracia. Depois, em torno da
estabilidade macroeconômica. E em torno do imperativo das políticas
sociais", afirmou o presidente. Ele disse que não tem a intenção de
"prever cenários", mas sim apresentar elementos sobre a dinâmica
brasileira.
"Vamos
ser bastante objetivos, o fato é que os principais candidatos podem discordar
sobre muita coisa, mas coincidem quanto a cada um dos três contextos. Nenhum
deles pôs em dúvida a democracia, e nem haveria espaço para isso", disse
Temer, garantindo aos empresários que "não haverá volta atrás" em
reformas empreendidas em seu governo, como a trabalhista ou o teto dos gastos
públicos. "As (reformas) que ainda estão por fazer são inevitáveis", disse,
em menção à reforma tributária e da Previdência.
Temer
destacou o mercado de 208 milhões de consumidores, agricultura
"avançadíssima e competitiva" e um parque industrial "moderno e
diversificado".
"E há um
fato político importante, nós estamos distantes de focos de tensão
geopolíticas, nós vivemos em paz com nossos vizinhos", disse Temer. Aos
investidores e empresários, ele afirmou que as instituições brasileiras são
"fortíssimas".
Ele falou
sobre a emenda que estabeleceu um teto nos gastos públicos como uma das formas
de "encarar" os problemas. "O que nós fizemos foi reduzir os
gastos, estabelecer um teto, e o fizemos com grande responsabilidade. A emenda
constitucional que aprovamos prevê um prazo mínimo de dez anos para que possa
haver uma revisão", disse Temer.
O presidente
falou que "os empregos estão voltando" no Brasil e que a reforma
trabalhista foi uma iniciativa para tornar a legislação adequada aos tempos
contemporâneos. Segundo ele, a reforma foi feita através de diálogo com o
Congresso e setores produtivos.
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