Lançado globalmente nesta quarta-feira (17-10-18)
o relatório Situação da População Mundial, do Fundo de População das Nações
Unidas (Unfpa-ONU), mostra que a família brasileira tem uma média de 1,7 filho
- na década de 1960, essa média era de 6 filhos.
A taxa de fecundidade no Brasil é inferior à
média da América Latina (2) e do mundo (2,5).
O estudo revela que o Brasil tem o menor índice de fecundidade na
comparação com outros 11 países da região da América Latina e Caribe (República
Dominicana, Costa Rica, El Salvador, México, Nicarágua, Argentina, Chile,
Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela). A brasileira se torna mãe em média aos
26,4 anos.
Entre os três países com menor taxa de fecundidade, Chile e El Salvador
empatam com 1,76 filho. A tendência deve se manter até 2020. "Essa taxa
coloca o Brasil abaixo da taxa de reposição, que é de 2,1 filhos por mulher. Ou
seja, a população deve decrescer (mais informações ao lado)", explica
Jaime Nadal, representante da Unfpa.
De acordo com ele, a expectativa é de um processo de envelhecimento da
população "maior e mais acelerado". "Hoje não só as pessoas têm
menos filhos, como vivem mais", afirma. Ele nota no Brasil dois cenários:
casais e mulheres que estão fazendo a escolha de ter número de filhos abaixo do
que gostariam de ter - por incapacidade de conciliar vida profissional e
pessoal, por exemplo - e ainda mulheres que não podem fazer essa escolha porque
não têm acesso a serviços de saúde pública e métodos contraceptivos para evitar
a gravidez.
Nadal destaca que as mulheres com zero a 4 anos de estudo têm uma média
de 2,9 filhos. As que possuem 12 ou mais anos de estudo não ultrapassam a taxa
de 1,2 filho. Para ele, o maior desafio do poder público é dar às mulheres de
todas as regiões, faixas de renda e escolaridade "o poder da
escolha". "Têm muito a ver com o direito de meninas e mulheres de
completarem o ciclo educativo, viverem sem violência e respeitadas."
As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
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