Nos últimos programas eleitorais dos
presidenciáveis antes da votação em segundo turno - veiculados na noite desta
sexta-feira (26-10-18) - candidatos atacaram adversários, mas encerraram com
discurso de conciliação. Jair Bolsonaro (PSL) insistiu no antipetismo, mas
prometeu, se eleito, fazer um "governo para todos".
O horário eleitoral do candidato do PSL
incluiu um trecho da senadora tucana eleita Mara Gabrilli (SP), que citou o
prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel. Bolsonaro tenta vincular a
morte do político ao partido do adversário. Mais adiante, citou os escândalos
de corrupção da Petrobrás e o Mensalão como sendo "uma praga que tira
comida da mesa dos brasileiros, deixa pessoas na fila da saúde e tira crianças
da escola".
A propaganda trouxe ainda trechos de vídeos dos delatores Mônica Moura -
que acusa a campanha de Haddad para a Prefeitura de São Paulo, em 2012, de ter
recebido caixa 2 - e do ex-ministro Antônio Palocci, que cita um suposto
"pacto de sangue" do PT com a construtora Odebrecht.
O presidenciável citou, em determinado momento, o trecho da Bíblia João
8:23, em que se lê: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará". Na propaganda veiculada à tarde, o candidato ainda usou a
religião para atacar a campanha do PT. O vídeo disse que seus adversários
"desrespeitam a fé do povo brasileiro".
O programa exibido na noite de sexta não citou mais o "kit
gay", como o vídeo veiculado mais cedo. A Justiça Eleitoral já havia
proibido a campanha do candidato do PSL de usar a expressão. O programa do
presidenciável disse ainda que "agora é o Brasil contra o PT" e
apresenta Bolsonaro como um presidente que traria união ao País. Na mensagem
final, o candidato disse que fará "um governo para todos".
Candidato do PT
Fernando Haddad chegou a citar em seu horário eleitoral a pesquisa do
Ibope, da última quarta-feira, que mostra o petista à frente de Bolsonaro na
capital paulista, com 51% dos votos, ante 49% do candidato do PSL. A investida
da campanha no "vira voto" também apareceu no final do programa do
PT, em que Haddad passa mensagem de esperança.
O candidato do PT também citou Deus em sua última mensagem aos
eleitores. "Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, que nos deu força
nessa caminhada. Agradeço à minha família e agradeço a você que acreditou na
nossa mensagem de esperança."
A primeira parte do programa do PT, contudo, foi dedicada a atacar o
adversário. O vídeo tentou vincular Bolsonaro à tortura, por ter defendido o
coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, e trouxe depoimentos de suas vítimas.
"Bolsonaro é ódio e violência", disse a narradora no início do
programa eleitoral.
A propaganda do PT insistiu que Bolsonaro "não é o candidato do
povo, é o dos milionários".

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