Derrotado nas urnas, Ciro Gomes (PDT) embarca
para o exterior nesta quinta-feira (11-10-18) para viajar com a família, e deve
ficar fora do País por até duas semanas. Os planos frustram as investidas do
PT, que faz acenos ao candidato derrotado no intuito de trazê-lo para dentro da
campanha petista no segundo turno das eleições 2018.
Ao contrário do que esperava a campanha de Fernando Haddad (PT), Ciro
não vai chefiar a equipe do programa econômico do petista. A ideia é que o
pedetista não suba no palanque com Haddad, muito menos faça fotos para indicar
o "apoio crítico", aprovado em reunião da Executiva nacional do PDT na
quarta-feira (10-10-18).
O PT pretendia insistir com Ciro para que ele integrasse a coordenação
da campanha de Haddad. Nos bastidores, o convite era tratado como um primeiro
passo para Ciro assumir um ministério em eventual governo Haddad. Na campanha
petista, o nome dele é citado para comandar o Planejamento ou a Fazenda.
Para se distanciar do PT, o presidente do PDT, Carlos Lupi, se antecipou
e disse na quarta-feira que o partido vai lançar Ciro Gomes como candidato para
2022, já após o fim do segundo turno.
Outra forma de mandar sinais negativas ao PT
foi anunciar que o PDT, independentemente de quem vença o segundo turno, estará
na oposição em 2019. O motivo da resistência do PDT em se aproximar da campanha
de Haddad foram os "ataques" que os petistas fizeram à candidatura de
Ciro Gomes, durante o processo eleitoral.
Orquestrada com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT
fez uma manobra ainda no primeiro turno que atrapalhou as negociações de apoio
do PSB à candidatura de Ciro. O caso foi encarado como uma rasteira do PT no
partido. Na ocasião, os petistas retiraram candidaturas em outros Estados para
não atrapalhar nomes do PSB que disputavam os mesmos cargos. Em troca, os
socialistas se comprometeram a ficarem neutros no primeiro turno, em vez de
apoiarem o presidenciável do PDT.
Renan Truffi

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