O
ex-deputado estadual e ex- conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato
Grosso, Humberto Bosaipo, foi condenado nesta segunda-feira (22-10-18) pelo juiz
Marcos Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, a 28 anos, 10 meses e 20 dias
de prisão por desvios de recursos da Assembleia Legislativa e lavagem de
dinheiro.
A pena deve ser cumprida em regime fechado, no entanto Bosaipo pode
recorrer da sentença em liberdade.
Além
da condenação de reclusão, Bosaipo também foi multado em 200 (duzentos)
dias-multa, fixado o valor do dia-multa em 01 (um) salário mínimo.
A ação penal foi instaurada pelo Ministério Público Estadual (MPE), diante
da descoberta do esquema, com a deflagração da Operação Arca de Noé, em 2002,
que teve como alvo principal o ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso,
João Arcanjo Ribeiro.
Conforme as investigações do Ministério Público, foram encontrados
diversos cheques da Assembleia em posse da empresa Confiança Factoring, que
pertencia a Arcanjo.
O processo descreve um esquema promovido pelos então deputados
estaduais Silval Barbosa, José Riva, Humberto Bosaipo, Hermínio Barreto, além
dos ex-servidores Tegivan Luiz Moraes, Guilherme da Costa Garcia, e também de
Cleudes Zuchi. Empresários do ramo gráfico figuram ainda como réus.
O esquema em questão, segundo o MPE, funcionou por meio da empresa
Edlamar Medeiros Sodré ME, que recebeu 32 pagamentos suspeitos entre julho de
2000 e novembro de 2002.
A empresa, que era “fantasma”, recebeu cerca de R$ 1,6 milhão da
Assembleia, simulando prestar serviços, sendo que os valores eram
posteriormente repassados a Bosaipo e a outros membros do esquema, como o
ex-deputado José Riva – que responde a uma ação em separado pelos mesmos
fatos.
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