O candidato Jair Bolsonaro (PSL) concedeu entrevista
exclusiva na noite desta terça-feira ao SBT. O presidenciável adotou um tom
muito mais moderado do que o que marcou sua trajetória política e pregou
pacificação.
Bolsonaro não se aprofundou em temas
econômicos e, novamente, deixou claro que o economista Paulo Guedes irá se
dedicar ao tema em seu governo. No entanto, ele pregou que não pretende
aumentar impostos e que todos —inclusive os mais ricos— estão “sufocados”.
Ele também elogiou alguns de seus
principais conselheiros como o astronauta Marcos Pontes. Ele também desmentiu
que seu vice defendeu o fim do décimo terceiro. “Ele só criticou a estrutura
remuneratória nossa era uma jabuticaba. Uma força de expressão. O que houve foi
um excesso de da imprensa”, diz.
Ele também foi questionado pelo
excesso de militares trabalhando em seu plano de governo. “Temos civis sim. O
que acontece é que alguns estão esperando o resultado das eleições para não
sofrer retaliações. A sociedade irá se surpreender positivamente”, declarou o
candidato.
Sobre suas propostas para amenizar
os altos índices de desemprego, Bolsonaro novamente disse que pretende ouvir o
economista Paulo Guedes para tomar medidas que ajudem a aumentar a oferta de
emprego. Atualmente, mais de 13 milhões de brasileiros sofrem com a falta de
ocupação. O candidato ainda disse que “o brasileiro está sufocado” e que pobres
e ricos estão na mesma situação.
Questionado sobre violência,
Bolsonaro pregou a valorização dos policiais, mas não apresentou nenhum plano
concreto além do “excludente de ilicitude” que livra agentes de segurança
pública de processos por mortes cometidas durante o trabalho. Ele também
revelou que indicaria alguém como juiz Sérgio Moro para o STF.
Ele também garantiu que irá fazer um governo marcado por
privatizações. “Vamos partir para privatizações. Queremos diminuir o estado,
mas vamos manter estatais em setores que consideramos estratégicos”, explicou.
Carlos Nascimento também falou sobre as impressões que o
mundo tem tido sobre o candidato. Citou, inclusive, que ele é apontado um
candidato de extrema direita que flerta com o fascismo. “Isso precisa ser
desmistificado. Não sou nada disso. Esses rótulos que me colocaram durante a
minha trajetória não correspondem a realidade”, argumentou.
Alegando limitações físicas, Jair
Bolsonaro não confirmou presença em nenhum debate até o momento. Apesar disso,
o candidato do PSL tem cumprido agenda de campanha, participando de encontros e
concedendo entrevistas.
Nesta terça-feira, o SBT foi
notificado pela justiça sobre o pedido da coligação “O Brasil Feliz de Novo” de Fernando
Haddad (PT) para que entreviste o candidato petista caso seu adversário não
compareça ao debate da emissora marcado para esta quarta-feira (17-10-18). Os advogados da candidatura petista argumentaram
que Bolsonaro só aceita
falar sozinho e prefere se esconder nas redes sociais a debater frente a frente
com Haddad.
Nesta terça-feira (, Bolsonaro e Haddad trocaram farpas
nas redes sociais. O petista citou o apoio da organização racista Ku Klux Klan
a Bolsonaro e irritou o adversário que o chamou de poste. Bolsonaro também
disse não aceitar o apoio da organização racista cujo líder David Duke afirmou
que o vê “como um igual”.
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