O
responsável pela parte econômica do plano de governo de Jair Bolsonaro (PSL),
Paulo Guedes, afirmou que a polêmica envolvendo a volta da CPMF (tributação
sobre movimentação tributária) "foi um equívoco enorme" e que, na
verdade, eles estavam estudando a convergência de impostos. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Guedes citou o economista
Marcos Cintra, cuja proposta seria eliminar os impostos indiretos, os
regressivos, beneficiando assim os mais pobres.
As duas possibilidades, segundo Guedes, seriam ou converter para um
imposto só, com base em um valor agregado, ou um modelo nos moldes da CPMF.
"Essa proposta do Cintra, que é na verdade uma proposta de
tributação progressiva foi transformada no inverso", disse Guedes.
O braço direito de Bolsonaro na área econômica acrescentou que a
polêmica é reflexo da elevada "paixão política" e que Cintra irá,
mais adiante, dar esclarecimentos sobre a proposta de imposto único.
Guedes defendeu que Bolsonaro teve votação forte no primeiro turno por
causa da sua liderança e da defesa de valores familiares. "Economistas no
Brasil se têm às dúzias. O importante é ter liderança", disse, pedindo
para que se pare de criticar Bolsonaro por causa da economia.
O economista de Bolsonaro também acrescentou que programas sociais vão
ser mantidos durante eventual governo do PSL e disse também que a economia do
Brasil seria "muito fechada" e "um curral para a exploração do
consumidor".
Para melhorar este cenário, Guedes defendeu a revisão do excesso do
gasto público. "Esse descontrole corrompeu a economia. Vamos precisar
olhar esse excesso de gastos", disse, destacando o período do governo da
ex-presidente Dilma Rousseff.
Ainda, sobre o mercado de ações, o economista disse que a bolsa
brasileira ficou "rica". "Mas serve a menos empresas",
ponderou.

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