Aquilo
que mais escutamos de nossos avós e que nunca deixou de ser verdade nas nossas
vidas, tem uma importância maior ainda este mês: é melhor prevenir do que
remediar.
Completos
10 anos de celebração do Outubro Rosa, o câncer de mama ainda é o principal
tipo de câncer diagnosticado na mulher. Apesar de raro, pode ser identificado
também em homens, que igualmente possuem glândulas mamárias. Segundo o
Instituto Nacional de Câncer (Inca), além dos casos subnotificados ou em
tratamento, o Brasil soma atualmente 59 mil casos de câncer de mama. Destes,
680 são em Mato Grosso.
Apesar
do sucesso desta campanha, que inegavelmente tem contribuído em todo o país
para diagnósticos cada vez mais precoces e que também conscientiza para a
prevenção do câncer do colo do útero, precisamos nos conscientizar sempre que o
câncer não espera. Mais importante, quanto menor for o tumor diagnosticado,
maior a chance de cura.
Alguns
sintomas em mulheres são alteração no formato e tamanho dos seios; dores,
vermelhidão e calor na região; pele com textura de casca de laranja; feridas ou
crostas nos mamilos e até inversão dos mesmos; coceira frequente; presença de
secreções ou sangue no mamilo; nódulos e inchaço nas axilas.
Nos
homens, possíveis sinais de câncer de mama incluem protuberância ou inchaço
(geralmente indolor), pele ondulada ou enrugada, retração do mamilo,
vermelhidão ou descamação da pele da mama ou do mamilo e inchaço nos linfonodos
axilares.
É
preciso acabar com o estigma de que o câncer não pode ser vencido. Neste mês de
maior mobilização, é fundamental saber que com prevenção, cuidado e autoexame
(toque-se!), aumentam-se as chances de vencer o câncer. Segundo a Sociedade
Brasileira de Mastologia, é recomendável fazer mamografia anualmente a partir
dos 40 anos e, em caso de se ter histórico familiar, fazê-lo até mesmo antes
desta idade.
O
avanço da tecnologia foi também fundamental nesta “guerra” contra o câncer, ao
oferecer novas formas de tratamento, novos exames e proporcionar maior
conhecimento sobre as doenças. Em Cuiabá, já é possível realizar testes
moleculares, um método de diagnóstico mais preciso, para identificargrupos com
maior risco de câncer.
É
animador, inclusive, notar o crescimento da procura por estes testes. Outro
avanço é o uso da touca inglesa, um equipamento que ao resfriar o folículo
capilar, reduz a atuação dos medicamentos, sendo capaz de diminuir em até 80% a
alopecia relacionada à quimioterapia.
Assim,
diminui sensivelmente a queda de cabelos dos pacientes com câncer e contribui
com a autoestima dos pacientes, o que é fundamental para o sucesso do
tratamento.
Sabemos
hoje que os principais fatores de risco para o câncer são o tabagismo,
alimentação não balanceada, peso corporal, hábitos sexuais, fatores
ocupacionais, bebidas alcoólicas, exposição solar, radiações e medicamentos,
fatores estes que podem ser encontrados no ambiente físico, herdados ou
resultado de hábitos de um determinado ambiente social e cultural. Cuidar da
saúde é crucial neste enfrentamento. Não somente em outubro, mas em todos os
meses do ano, cuide de sua saúde, faça o autoexame e visite seu médico
regularmente.
André Crepaldi é
médico oncologista e diretor da Oncolog, clínica para prevenção e tratamento de
câncer.
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