De braços abertos, o Cristo Redentor,
abençoa a cidade do Rio de Janeiro, do alto do Morro do Corcovado, no Parque
Nacional da Tijuca, desde 12 de outubro de 1931, dia em que o monumento foi
inaugurado, pelo presidente Getulio Vargas. De lá, até os dias atuais, a imagem
se transformou em um dos mais conhecidos pontos turísticos do mundo e foi
considerado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco) como Patrimônio da Humanidade. Em 2007, foi declarado uma das
Sete Maravilhas do Mundo. Nesta sexta-feira, o monumento completa 87 anos.
A ideia da construção do monumento de estilo
art déco teve início em 1859 com uma ideia do padre francês Pierre-Marie Boss,
capelão da Igreja do Colégio Imaculada Conceição, de instalar um monumento
religioso, no topo do Corcovado, um morro com 710 metros de altura.
O local não foi consenso dentro da Igreja Católica. Uma corrente
preferia que fosse no Pão de Açúcar, outro cartão-postal do Rio. A discordância
foi resolvida por uma comissão em 1921 e, finalmente, no ano seguinte, foi
escolhido o projeto do engenheiro e construtor Heitor da Silva Costa, que
chamou o desenhista italiano Carlos Oswald, o escultor francês de origem
polonesa, Paul Landowski e o calculista Albert Caquot para integrar a equipe. O
escultor foi responsável pela produção da cabeça e das mãos do Cristo, feitas
na França e trazidas em partes para o Brasil.
Os primeiros desenhos mostravam a imagem do Cristo carregando uma cruz
na mão esquerda. O traçado foi mudando até chegar a do Cristo de braços abertos
simbolizando uma cruz. A construção começou em 1926 e consumiu 2.500 contos de
réis, a maior parte arrecadada em contribuições por meio de campanha lançada
pela Igreja.
Construído em pedra sabão com a montagem de milhares de triângulos, o
Cristo Redentor tem 38 metros de altura, sendo oito de pedestal. O tamanho é
equivalente a um edifício de 13 andares. O comprimento da cabeça é de 3 metros
e 75 centímetros, com peso de 30 toneladas. Cada mão mede 3 metros e 20
centímetros, pesando 8 toneladas.
A primeira reforma do monumento ocorreu em 1980 para a primeira visita
do papa João Paulo II ao Brasil. Dez anos depois, uma nova reforma, mais
complexa, demorou sete meses para ser concluída e consumiu US$ 2 milhões e foi
patrocinada pela Rede Globo e a Shell. Em 2014, o santuário passou por mais um
restauro. Dessa vez, para recompor três dedos da mão direita e detalhes na
cabeça que foram atingidos por raios.
Agência Brasil
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