Hoje, minha reflexão com você é sobre as armadilhas do
ego que invadem a empresa.
De recepcionista a gerente do instituto de beleza,
Sarah parece que não havia percebido que o crachá de gerente foi dado a ela
pelo mérito do que já vinha fazendo no seu dia a dia, e não pelo que através da
sua aparência, ela tinha que provar.
Sarah não tinha essa sabedoria, e em prol, segundo
sua visão, de ser respeitada e aprovada como tal, ela compra um carro melhor do
que o da dona da empresa, parcelado em 72 vezes, comprometendo cerca de 70% por
cento do seu novo aumento por seis anos com aquela aquisição.
Elaine, a proprietária, ao ver a sua nova gerente
com um carro novo, fica feliz pela conquista, mas após alguns minutos é
invadida e desestruturada quando se dá conta que o carro de sua funcionaria é
de maior valor e representatividade que o seu, e isso ela não podia permitir.
“O que a sociedade vai dizer? Minha gerente.
Ex-recepcionista do meu salão, com um carro melhor que o meu. Daqui a pouco
estarão confundindo ela como a proprietária!”
Movida pela mente coletiva, verdades vendidas pela
sociedade, Elaine, a empresária, lança mão do caixa da empresa e troca seu
carro antigo por um carro incrível, e assim como sua funcionária, que
compromete o salário dos próximos meses que ainda não ganhou, Elaine sacrifica,
através dos juros do parcelamento, grande parte da previsão de faturamento da
empresa dos meses que ainda estão por vir.
Sarah, após a conquista do sonhado cargo, salário,
carro, renovação do guarda roupa e outros bens adquiridos, passa então a se dar
conta que precisa garantir a segurança de seu emprego e salário porque fez
muitos compromissos. O foco do seu trabalho, que antes estava em empreender no
negócio, trabalhar para os clientes e empresa, se arriscar para crescimento,
neste novo cenário passa a ser trabalhar para garantir seu emprego e não
contrariar sua chefe. Sarah estava a serviço e refém de seus parcelamentos e
dividas.
Enquanto Sarah, ex-recepcionista, vive a
experiência de estacionar em sua carreira, Elaine, a proprietária, sofre
duplamente quando também inverte a ordem e foco do seu negócio. Elaine passa a
confundir faturamento com lucro e se coloca acima da empresa. Ela coloca a
empresa a serviço de priorizar os desejos dela.
Ninguém está falando aqui que você não poderá ter
o que você quiser. Você pode ter o que quiser, mas não sacrifique a sua
empresa. Quem aqui já ouviu a história do fazendeiro ansioso que mata a galinha
que botava um ovo de ouro por semana, achando que conseguiria antecipar seu
estado de riqueza?
Assim quero dizer a você empresário: cuide da sua
empresa e esteja para servi-lá. Coloque-a sempre acima de você e suas
necessidades, e tenha tudo que quiser.
Tenha a paciência de acumular os ovos da galinha,
e não a ansiedade de matá-la em prol das suas necessidades egoístas. Paciência.
Ter segurança de quem você é, é fruto de muito
autoconhecimento, porque a sociedade te cobra, só que você tem que ser mais
sábio que ela.
Expanda sua consciência e gere ações
transformadoras!
Cynthia Lemos é psicóloga empresarial.
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