Com o envelhecimento da população brasileira
em ritmo acelerado, a ocupação de cuidador de idoso foi a que mais cresceu no
País na última década entre 2,6 mil profissões pesquisadas pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE).
O balanço, feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), com base em dados do ministério, mostra que o número
de profissionais do tipo passou de 5.263 em 2007 para 34.051 em 2017, alta de
547%.
O crescimento e a formalização desse mercado
esbarram na falta de regulamentação e na ainda escassa capacitação adequada dos
profissionais. Como a ocupação ainda não foi regulamentada como uma profissão,
não há regras claras sobre a formação mínima que deveria ser exigida nem qual
seria o conteúdo obrigatório dos cursos.
Um projeto de lei tramita na Câmara para criar e regulamentar a
profissão de cuidador não só de idosos, mas de crianças e de pessoas com
deficiência ou doença rara. Ele aguarda designação do relator. Há também um
projeto de lei do Senado para determinar as atribuições de quem desempenha essa
função.
Sem a regulamentação, as atribuições e o perfil de quem desempenha essa
tarefa estão descritos apenas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). A
orientação é de que devem ser contratados maiores de idade, que fizeram cursos
livres entre 80 e 160 horas e que demonstrem empatia e paciência. Entre as
atribuições estão ajudar nas atividades diárias, observar o comportamento e
estimular a independência.
Dados do MTE mostram que, de fato, os
cuidadores hoje têm nível de escolaridade maior do que há dez anos. Em 2007,
63,2% deles não tinham nem ensino médio completo. No ano passado, esse índice
caiu para 25,1%.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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