O juiz federal Sérgio Moro encaminhou nesta
segunda-feira (05-11-18) ao corregedor regional da Justiça Federal da 4ª
Região, desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, um ofício no
qual informa que pretende pedir sua exoneração em janeiro do ano que vem,
"logo antes da posse do novo cargo". Moro aceitou o convite do
presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o Ministério da Justiça.
"Reputo salutar afastar-me da jurisdição dos
casos judiciais relacionados à Operação Lava Jato, com o que evitar-se-á
controvérsias desnecessárias", afirmou Moro ao corregedor.
"Assim, pretendo tirar a partir da presente
data as várias férias que acumulei durante meu período de magistrado em
decorrência das necessidades do serviço. As férias também permitirão que inicie
as preparações para a transição de Governo e para os planos para o
Ministério", escreveu.
A saída de Moro vai abrir uma vaga na 13ª Vara
Federal de Curitiba. A pergunta é: quem poderá ocupar a cadeira que foi de Moro
por toda a Operação Lava Jato e desde muito antes? Em um primeiro momento, quem
tomará decisões sobre os processos da Lava Jato será a juíza federal substituta
Gabriela Hardt, que já atuou no caso todas as vezes em que Moro estava ausente
- em maio, ela mandou prender o ex-ministro José Dirceu.
Gabriela ocupa o cargo desde 2014. No próximo dia
14, ela deverá interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula na ação penal do
sítio de Atibaia (SP), na qual o petista é acusado de corrupção e lavagem de
dinheiro.
BBC Brasil
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