O presidente eleito, Jair Bolsonaro, (PSL)
prometeu um intenso combate à corrupção durante seu governo com o juiz federal
Sérgio Moro à frente do Ministério da Justiça. "Moro vai pegar vocês,
corruptos. Antes ele pescava de varinha, agora vai ser com rede arrastão de 500
metros", afirmou durante live realizada em sua conta no Facebook nesta
sexta-feira (09-11-18).
Ele também disse que Moro terá carta branca para trabalhar e voltou a
dizer que conversou com o juiz somente após o segundo turno das eleições 2018.
Antes disse, a única interação entre os dois havia sido meses antes em uma
conversa rápida em um aeroporto. Com isso, Bolsonaro afasta qualquer
questionamento sobre interferências no processo eleitoral e a possibilidade de
que o convite para assumir o ministério tivesse sido feito antes da hora.
Bolsonaro critica questão do Enem sobre LGBTs
Bolsonaro aproveitou para criticar o ensino da ideologia de gênero nas
escolas e o atual modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, a
prova trouxe temas como feminismo, ditadura militar e gírias do universo LGBT:
"O que interessa a linguagem daquelas pessoas? Podem ter certeza que não
vai ter questão deste tipo ano que vem, apenas o que interessa ao futuro do
nosso Brasil. Queremos que a molecada aprenda algo que dê futuro. Quer ser
feliz com outro homem ou outra mulher, tudo bem, mas não fica enchendo o saco
na escola", afirmou.
O futuro presidente também confirmou que retornará a Brasília na próxima
semana, apesar do feriado, para continuar os trabalhos da equipe de transição.
Ele prometeu que os nomes dos ministros da Educação, Saúde e Relações
Exteriores serão anunciados nos próximos dias.
Exploração da Amazônia
Na transmissão, Bolsonaro demonstrou interesse em permitir que empresas
de alguns países explorem os recursos naturais da Amazônia. Ele questionou
"por que não fazer acordo" para explorar a região "sem viés
ideológico".
Nos 40 minutos de sua fala, durante a qual por diversas vezes criticou a
gestão do meio ambiente no Brasil, Bolsonaro afirmou que o Ibama e o Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) cometem
"caprichos". O presidente eleito ainda disse que pretende avançar com
o turismo em áreas protegidas ambientalmente para garantir que não sejam abandonadas.
"Se tivesse hotéis em áreas protegidas, o meio ambiente estaria
preservado. O turismo preservaria o meio ambiente e não essa forma xiita do
Ibama", afirmou.
Embora demonstre interesse em explorar a Amazônia, Bolsonaro não
informou quais setores e países teriam acesso à região em seu governo. Mais uma
vez, apenas citou o mercado de nióbio, que, segundo o presidente eleito,
"não será privatizado". Disse ainda que "parece que 40% das
multas (ambientais) aos produtores" vão para organizações não
governamentais. "Não vai ter ativismo", acrescentou.

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