Ao menos doze pessoas foram mortas em uma
tentativa de assalto a dois bancos com reféns na madrugada desta sexta-feira (07-12-18),
em Milagres, na região do Cariri, no Ceará. Segundo a Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), após um confronto com policiais,
seis integrantes de uma quadrilha morreram.
Os outros mortos seriam pessoas que estavam em poder dos bandidos.
Informações divulgadas pela imprensa local, apontam que cinco dos seis reféns
mortos eram da mesma família - e que haveria duas crianças entre as vítimas.
A tentativa de assalto às agências do Banco do Brasil e do Bradesco
aconteceu por volta das 2h30 desta sexta. Os criminosos estavam com reféns
quando a polícia chegou. Testemunhas relatam que houve um intenso tiroteio. O
grupo não conseguiu levar dinheiro.
Segundo a SSPDS-CE, ao menos duas pessoas suspeitas de participação no
crime foram conduzidas para a delegacia local. Com elas, foram apreendidas uma
pistola 9 milímetros, um revólver calibre 38, uma arma calibre 12 e explosivos.
Também foram identificados um carro e duas caminhonetes que teriam sido
utilizadas na ação. Além disso, equipes da Perícia Forense do Estado do Ceará
(Pefoce) realizam trabalho de levantamento de vestígios nos locais.
Em entrevista à Globonews, o prefeito de Milagres, Lielson Landim,
afirmou que duas crianças, de 10 e 13 anos, foram feitas reféns e morreram no
tiroteio. A polícia ainda não conseguiu identificar todos os mortos no
confronto - nem confirmar as informações.
O bando teria assaltado um caminhão no km 495 da BR-116, entre os
municípios de Brejo Santo e Milagres. Teria também assaltado a família na
estrada e, então, feito motorista e passageiros reféns, antes de entrar em
Milagres para a tentativa de assalto.
Em nota oficial, a Prefeitura de Milagres anunciou a suspensão de
serviços nas repartições públicas municipais e recomendou que os moradores não
saiam de casa até que "a ordem seja restabelecida".
O texto diz, ainda, que a Polícia Militar está com um "grande
efetivo" em diligência no centro e em outras regiões do município em busca
de envolvidos na tentativa de assalto.
O padre Ronaldo Oliveira, da paróquia Nossa Senhora dos Milagres, contou
ao jornal O Povo, do Ceará, que
acordou com os tiros e pensou se tratar de fogos de artifício. "Ouvi todos
os tiros e não conseguia mais dormir. Acordei atordoado, pensando que eram fogos,
ou alguém batendo no meu portão, algo assim. Depois percebi que era algo mais
sério", afirmou. "Precisei tomar remédio para dormir." O
religioso descreveu a cena como uma "madrugada de terror".
Fontes: Agência Estadão – Globonews e site do jornal O Povo
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