Também
conhecido como Síndrome, o Transtorno de Pânico é um “ataque” de
ansiedade que inicia de modo súbito, com inúmeros sintomas físicos e duração
limitada em torno de dez minutos. O problema ocorre principalmente em
pessoas de 14 a 45 anos, sendo que, a cada 100, 4 são afetadas. Os
maiores índices são registrados em mulheres, nas quais a proporção
chega a ser de 2 para 1, se comparada com os homens.
Existem transtornos
mentais que são comumente associados com o de pânico, a exemplo da
depressão ou abuso de álcool e drogas. Em todos os casos, o melhor é
procurar auxílio médico e psicológico para uma correta avaliação. A boa
notícia é que o tratamento para a doença tem excelentes resultados na maior
parte dos casos.
Normalmente, as
pessoas que sofrem de ataque do pânico costumam apresentar alguns aspectos em
comum:
a) São extremamente
produtivas no nível profissional;
b) Costumam assumir
uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres;
c) São muito
exigentes consigo mesmas e não convivem bem com erros ou imprevistos;
d) Possuem um certo
perfeccionismo com excessiva necessidade de estar no controle e de ter a
aprovação dos outros;
e) Têm tendência a se
preocupar demais com os problemas do dia a dia;
f) Possuem alto nível
de criatividade;
g) Não sabem
diferenciar seus sentimentos;
h) Tem uma grande
tendência à não perceber suas necessidades físicas.
Outras
características que também podem ser citadas são a privação afetiva, a
dependência emocional e a passividade nas relações interpessoais.
O pânico também chega
a produzir um grau elevado de incapacitação. Devido aos sintomas, cerca de 90%
dos pacientes acreditam ter alguma doença física como as gastrointestinais
(10%), vertigens e labirintoses (15%), queixas cardiológicas
(16%), hiperventilação (35%) e queixas psíquicas (30%).
Tenho síndrome do
pânico?
Alguns sintomas são
considerados típicos do transtorno. São eles, as palpitações (coração
acelerado), suor excessivo, tremores, tontura, sudorese, alterações
gastrointestinais (cólica, diarréia), sensação de falta de ar ou asfixia, dor
no tórax, ânsia de vômito, ondas de calor, calafrio, formigamento e medo de
perder o controle, enlouquecer ou morrer. Uma pessoa com síndrome vai
vivenciar, no mínimo, quatro das características citadas.
É preciso ficar
atento, pois, os primeiros ataques surgem sem qualquer aviso, de modo
totalmente inesperado. Eles podem estar associados ou ser ainda maiores
devido a algum tipo de situação como ouvir falar em alguém que teve
infarto ou mal súbito, estar em locais distantes, sem acesso a hospitais e
clínicas, presenciar situações de violência ou estresse, ter pensamentos
negativos e passar por exposição pública.
Em muitos casos,
ocorre um quadro chamado de agorafobia, no qual o paciente passa a evitar
determinadas situações ou locais por causa do medo de sofrer um ataque. Dentre
os lugares onde ela costuma se desenvolver estão túneis, engarrafamentos,
aviões, grandes espaços abertos e shopping centers. Com a progressão do
transtorno, o paciente pode ficar cada vez mais receoso em ficar sozinho, e
assim, virar dependente de terceiros, limitando suas atividades
cotidianas.
DICAS PARA CONTROLAR
AS CRISES
É muito importante
não tentar lutar contra o pânico, pois este não é um mecanismo consciente, e
sim, decorrente de mecanismos automáticos cerebrais que fazem parte de um
complexo sistema de defesa do organismo. No entanto, algumas ações podem
auxiliar no controle das crises. Confira:
• Utilize técnicas de
relaxamento, como meditação ou preces, por exemplo;
• Recorra a
distrações suaves como uma conversa, música e massagem em regiões do corpo que
lhe causem relaxamento;
• Controle a sua
respiração.
Carlos Eduardo Reis
de Sousa é médico e cirurgião-dentista, com pós-graduação em educação,
psiquiatria e medicina do trabalho e mestrado na área de saúde coletiva. É
docente de cursos de graduação e pós-graduação na área médica, escritor e
palestrante.
Instagram: dreduardoreis - Facebook: dreduardoreis
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