O
governo do presidente Jair Bolsonaro tentará classificar as invasões de terras
por movimentos de trabalhadores sem-terra como similar a terrorismo, com penas
mais duras para os envolvidos, disse secretário de Assuntos Fundiários do
Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Nabhan Garcia. Ele afirmou que o
governo deve convencer o Congresso Nacional a mudar a lei para lidar de forma
mais rigorosa com tais invasões e dar à polícia maior autonomia para agir
contra os invasores.
O
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), responsável por muitas
dessas invasões, foi um grande apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Muitos movimentos de trabalhadores sem-terra
buscam assumir propriedades em nome da justiça social e econômica para
distribuir igualmente a riqueza rural, mas os ruralistas argumentam que esses
movimentos desrespeitam as leis de propriedade do país.
Garcia defende iniciativas de reforma agrária
já em vigor que redistribuem terras classificadas como "improdutivas"
para os pobres das áreas rurais. Mas ele disse que as leis devem ser
respeitadas e as invasões pela força não serão toleradas.
Enquanto fazia campanha no Pará, no ano
passado, Bolsonaro defendeu fortemente a polícia, dizendo que policiais
atiraram e mataram 19 sem-terras em um episódio sangrento em 1996 porque temiam
por suas vidas.
Garcia
ofereceu apoio do governo a investidores estrangeiros interessados em comprar
terras no Brasil, uma prática proibida que exigiria a legalização pelo
Congresso.
Agência Reuters
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