O problema é que a maioria
de nós é tomado por um mal terrível chamado preguiça. Quando feridos por uma
crise queremos ser curados, mas não nos curar; queremos ser evoluídos, mas não
nos evoluir.
Então nasce a frustração. É
comum encontrar alguém dizendo: "Faz tempo que me trato desse problema, já
procurei vários psicólogos, mas nenhum me ajudou." Ou então: "Já fui
na Igreja Católica, Evangélica e agora até no Centro Espírita, mas nenhuma
religião resolve meu problema." Por quê? Por que não tem jeito? Por
que é um caso perdido? Não. Provavelmente porque tem algo que precisa ser
mudado e não é, simplesmente porque a única pessoa que pode fazê-lo não é o
médico ou o psicotrópico ou o psicólogo, mas o próprio doente. Todos estes
facilitadores não vão fazer o que a própria pessoa não se dispõe a fazer: olhar
para si mesma. Eles serão como os apóstolos tentando resolver o problema, em
vão!
Claro que Jesus curou, mas o
que ele costumava dizer quando fazia uma crua? "A tua fé te curou!" E
ali ele tirou o espírito do momento, mas se o garoto não se modificar, se sua
família não der a devida assistência, o que vai acontecer? O próprio Cristo
responde:
Quando um espírito espírito
imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso e
não o encontra. Então diz: "Voltarei para minha casa, de onde saí."
E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai e leva consigo
outros sete espíritos piores que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos
atos desse homem piores que os primeiros. (Mateus 12:43-45).
Em outras palavras, quando o
uso da medicação, quando uma intervenção externa - que pode ser um profissional
ou uma ajuda religiosa -, alivia o sintoma e faz a pessoa melhorar, se ela não
aproveitar este momento para revisar a si mesma e ocupar sua casa mental com
conteúdos que evitem uma recaída, o problema ressurgirá. E ao ressurgir,
poderá ser pior do que era antes da primeira intervenção.
Simplesmente porque não se
deita vinho novo em odre velho! Se o doente quer uma nova vida, torne-se ele um
novo ser vivente! É o que na doutrina Espírita chamamos de Reforma Íntima, a
mudança essencial. Uma mudança profunda, que não é fácil nem rápida, porque
significa modificar hábitos, rever valores, quebrar paradigmas. Entretanto, não
há outro caminho. Disse Jesus: "Ninguém vai ao Pai senão por mim".
Ele foi a personificação de seu Evangelho, que é um convite ao Bem. Somente
quando aceitarmos este convite, e nos vestirmos de acordo com a festa que nos é
dada, é que poderemos, como na parábola do festim de bodas, sentar no Reino de
Deus e brindar à felicidade!
Caroline Secundino Treigher é psicologa e espírita de berço e desde os 16 anos dá palestras da
doutrina. Hoje atua como trabalhadora no Grupo Espírita Paulo e Estêvão, em
Fortaleza, no Ceará.
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