A crise no mercado de trabalho penalizou mais os brasileiros que se
autodeclaram negros e pardos, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O contingente dos desocupados no Brasil no primeiro trimestre de 2012,
quando começa a série histórica da pesquisa, era de 7,6 milhões de pessoas. À
época, os pardos representavam 48,9% da população desempregada, seguidos por
brancos (40,2%) e pretos (10,2%).
No quarto trimestre de 2018, esse contingente de desocupados totaliza
12,2 milhões de pessoas. A participação dos pardos subiu para 51,7%, e a dos
pretos aumentou para 12,9%, enquanto a dos brancos encolheu para 34,6%.
"Na crise, o desemprego subiu para todo mundo, mas subiu mais entre
os pretos e pardos. Foi uma crise que afetou canteiro de obra, que afetou chão
de fábrica. E a população mais presente nesse tipo de ocupação é a população
preta ou parda. A crise pegou muita gente de baixa renda, que reside na camada
da população menos abastada", explicou Azeredo.
Juntos, pretos e pardos representavam 64,6% dos desempregados no quarto
trimestre de 2018. No quarto trimestre de 2018, a taxa de desocupação dos que
se declararam brancos foi de 9,2%, abaixo das registradas pelos pretos (14,5%)
e pardos (13,3%). Na média nacional, a taxa de desemprego foi de 11,6%.
No quarto trimestre de 2018, os pardos representavam 47,4% da população
fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,5%) e pelos pretos (9,0%).

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