A operação intitulada “Terra a
Vista”, que visa prender pessoas suspeitas de envolvimento em fraude
ambiental que ultrapassa R$ 150 milhões, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (13-03-19)
pela Polícia Civil de Mato Grosso. Estão sendo cumpridos 128 mandados de prisão
e 12 buscas e apreensão.
Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão,
expedidos pela Juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Mendes, são
cumpridos em vários municípios do Estado de Mato Grosso: Cuiabá, Várzea
Grande, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Apiacás, Paranaíta, Nova Bandeirantes,
Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Itaúba, Matupá,
Marcelândia, Claúdia, Santa Carmem, Ipiranga do Norte , Feliz Natal,
Sorriso, Sinop, Juara, Aripuanã, Porto dos Gaúchos, Castanheira, Arenápolis.
Os alvos são representantes legais e operacionais,
engenheiros florestais e ex-servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
(Sema).
A operação “Terra a Vista” é oriunda de
inquérito policial conduzido pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente
(Dema), com o objetivo de investigar uma organização criminosa que atuava
na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), fraudando o Sistema de
Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora).
O trabalho de apuração começou no ano de 2014, com
o auxílio de uma auditoria realizada pela própria Sema, que descobriu um
esquema de fraude no sistema na criação de créditos florestais, beneficiando
diversas empresas do ramo madeireiro e terceiros (com inserção de dados
falsos no sistema).
Muitos créditos circularam para outras empresas
gerando Guias Florestais inidôneas, as quais podem ter sido usadas para
acobertar operações ilegais, promovendo, em tese, tanto a circulação de produto
florestal de origem ilícita, quanto à lavagem dos valores correspondentes a
essas mercadorias ilegais (madeiras extraídas ilegalmente, lavagem de
dinheiro).
O cumprimento dos mandados de prisão e apreensão é
realizado por policias civis da Diretoria de Atividades Policiais, Diretoria do
Interior, Diretoria Metropolitana, Diretoria de Inteligência.
A investigação tramita em sigilo de justiça e por
conta disso, outros detalhamentos não serão divulgados no momento.
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