Os primeiros registros
sobre o horóscopo apareceram a partir do século 7 a.C., quando várias
civilizações antigas se dedicavam à observação do céu. Suas populações
acreditavam que os astros podiam influenciar a vida humana - especialmente o
destino dos recém-nascidos. Entretanto, a versão do horóscopo que conhecemos
hoje - uma mistura de influências da astrologia milenar dos babilônios, do
conhecimento matemático dos egípcios e da filosofia grega - surgiu
provavelmente por volta do século 5 a.C., com a criação do zodíaco. Em sua
origem grega, essa palavra significa "círculo de animais" e indicava
o grande cinturão celeste que marcava a trajetória do Sol naquela época. Dentro
dessa trajetória, cada constelação por onde o astro passava simbolizava um
signo. O número de constelações e as figuras que as indicavam variavam para
cada civilização.
Os 12 conjuntos de
estrelas que representam os signos de hoje foram padronizados ainda na
Antiguidade, a partir da influência de imagens da mitologia de babilônios,
egípcios, gregos e romanos. Ao definir uma referência fixa para a observação
dos astros, o zodíaco impulsionou o surgimento dos horóscopos individuais com
mapa astral, uma análise do céu na hora do nascimento que, supostamente, traz
revelações sobre a pessoa e seu destino. Ainda no início da Era Cristã, as
civilizações antigas definiram o perfil de cada signo, levando em conta, por
exemplo, as peculiaridades das estações do ano. "Outras influências, como
a simples observação do temperamento de pessoas nascidas em um mesmo período,
também modificaram as características que cada signo apresenta
atualmente", diz a astróloga Bárbara Abramo.
Com a mudança da
trajetória solar ao longo dos séculos, a correspondência direta entre
astrologia e astronomia não é mais tão precisa. O Sol hoje passa por
constelações que não fazem parte do zodíaco e ilumina outras em períodos
diferentes dos observados na Antiguidade. Mas, pelo menos em alguns aspectos, o
horóscopo se adaptou com as mudanças ao longo dos tempos. "É o caso de
algumas inovações relativamente recentes na escala histórica, como a descoberta
dos planetas Urano, Netuno e Plutão, que trouxeram novos elementos à
interpretação astrológica do céu", afirma o historiador David Pingree, da
Universidade de Brown, nos Estados Unidos.
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