A recente revelação da venda de migrantes africanos na
Líbia não é um caso isolado: mais de 40 milhões de pessoas no mundo, incluindo
um quarto de crianças, vivem atualmente em regime de escravidão.
A noção de escravidão moderna engloba o trabalho forçado,
que afeta 25 milhões de pessoas, e o casamento forçado (15 milhões).
Mas esses números são, sem dúvidas, subestimados, ressaltam a Organização Mundial do Trabalho (OIT), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o grupo de defesa dos direitos humanos Walk free Foundation que realizaram o estudo em conjunto.
Mas esses números são, sem dúvidas, subestimados, ressaltam a Organização Mundial do Trabalho (OIT), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o grupo de defesa dos direitos humanos Walk free Foundation que realizaram o estudo em conjunto.
Trabalho forçado
Cerca de 25 milhões de pessoas são trabalhadores
forçados, principalmente em casas particulares (um quarto), mas também em
fábricas, em construções, nos campos.
O estudo cita o exemplo de 600 pescadores retidos em
barcos em águas indonésias durante muitos anos.
Entre os trabalhadores forçados, cerca de 5 milhões de
pessoas são forçadas a se prostituir e um pouco mais de 4 milhões são vítimas
de trabalho imposto pelo país (trabalho obrigatório na prisão, abuso de
recrutamento...)
Mulheres e meninas
Mulheres e meninas representam 71% dos escravos, o que
representa quase 29 milhões de pessoas. Uma a cada quatro vítimas da escravidão
moderna é criança, cerca de 10 milhões de indivíduos.
Cerca de 15,4 milhões de pessoas são casadas contra sua
vontade. Mais de um terço são menores de 18 anos e, nesses casos, são quase
todas mulheres. Esta forma de escravidão é especialmente prevalente na África e
na Ásia.
Além disso, as mulheres representam 99% das vítimas do
trabalho forçado na prostituição.
Ásia
Cerca de 62% dos casos de "escravidão moderna"
foram revelados na Ásia e no Pacífico. Esta região é a primeira em número de
vítimas, seja por exploração sexual (73%) ou casamentos forçados (55%).
Mas é na África que os casamentos forçados são mais
frequentes, 4,8 para cada 1.000 pessoas, ou seja duas vezes mais que a
frequência mundial (2,1 por 1.000).
Agence France-Presse
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