De
acordo com estudo divulgado pelo Ministério da Saúde na pesquisa Vigilância de
Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel), a parcela
de brasileiros obesos cresceu 60% em dez anos. Em 2016, esse percentual foi de
18,9%. Já em 2006, era de 11,8%.
Os dados mostram ainda
que a prevalência da obesidade duplica a partir dos 25 anos e é maior entre os
que têm menor escolaridade. Para o Ministério da Saúde, vários fatores
colaboram para esse crescimento. “Temos dados que mostram que as pessoas que
consomem mais alimentos ultraprocessados apresentam maior prevalência de
obesidade. Além disso, há fatores psicológicos, estresse, a dificuldade de
levar alimentos [saudáveis] ao trabalho e a falta de atividade física”, diz
Michele Lessa, coordenadora de alimentação e nutrição no ministério.
Assim como a quantidade
de pessoas com excesso de peso cresceu, aumentou também a incidência de
diabetes aumentou em 61,8% – passou de 5,5%, em 2006, para 8,9% no último ano.
Também cresceu o percentual de brasileiros diagnosticados com hipertensão, de
22,5%, em 2006, para 25,7% em 2016.
Talvez um dos fatores mais
preponderantes seja a mudança dos hábitos alimentares que se observa desde os
anos 1970, indicam especialistas. Eles dizem que com pouco tempo para comer, as
pessoas deixaram de fazer as refeições em casa e passaram a optar por comidas
mais rápidas e mais calóricas.
Essa mudança de hábito também aparece na
pesquisa Vigitel: o consumo regular de feijão, considerado um alimento básico
na dieta do brasileiro, diminuiu de 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. E apenas
um entre três adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana.
A Vigitel mostrou que o excesso de peso
aumenta significativamente da faixa etária dos 18 aos 24 anos (30,3%) para a
dos 25 aos 44 anos (50, 3%). Há uma alta prevalência de obesidade nessa faixa
etária: 17%. Considera-se obesidade Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou
maior que 30 kg/m2 e excesso de peso IMC igual ou maior que 25 kg/m2.
A pesquisa apresenta um dado positivo
sobre o consumo regular de refrigerante ou suco artificial, que caiu de 30,9%
em 2007 para 16,5% em 2016.
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