A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, apresentou um projeto de reformulação do Distrito da Luz Vermelha, bairro na região
central da cidade voltado para a prostituição.
A
região é conhecida por ter bordéis com vitrines, onde as profissionais do sexo
ficam expostas para a rua.
Os
planos incluem quatro pontos principais: incluir cortinas para acabar com as
vitrines, fechar todos os bordéis no centro da cidade e transferi-los para
outros locais, reduzir o número de bordéis no centro da cidade e intensificar
as permissões de trabalho que regularizam a profissão.
Halsema
justifica que tem como objetivo melhorar as condições de trabalho das
prostitutas, reduzir a taxa de crimes e diminuir o turismo na região,
localizada no centro da cidade no distrito de Wallen, próxima ao canal. As
mudanças sociais, como o aumento do tráfico humano, também são parte da pauta
da prefeita.
"Somos
forçados pelas circunstâncias porque Amsterdã muda", argumentou Femke em
uma entrevista antes do lançamento.
"Para
muitos visitantes, as trabalhadoras do sexo se converteram em uma atração
visual. Em alguns casos, isso é acompanhado de um comportamento perturbador e
uma atitude desrespeitosa para com as trabalhadoras nos mostruários",
informa o texto da prefeitura. "Ao mesmo tempo, houve um grande aumento da
prostituição clandestina".
As
propostas, delineadas em um relatório intitulado "O Futuro da Prostituição
nas Vitrines de Amsterdã" também incluem um projeto mais abrangente para
uma nova "zona erótica" afastada do centro, que teria até um portão
de entrada, semelhante a um sistema usado em Hamburgo, segundo a prefeita.
Mesmo
assim, a cidade também poderia aumentar o número atual de 330 mostruários na
Luz Vermelha, ou até criar um hotel só para as prostitutas.
A
prefeita se reunirá com trabalhadores do sexo, residentes e comerciantes locais
neste mês, e as propostas devem ser discutidas em setembro pelo conselho
municipal. Uma delas será escolhida e submetida a votação no fim do ano.
O
Distrito da Luz Vermelha é um dos pontos turísticos para os 18 milhões de
turistas anuais da maior cidade holandesa. Como a prostituição foi legalizada
na Holanda em 2000, os trabalhadores sexuais devem se registrar na câmara de
comércio local e pagar impostos sob sua renda.
Cerca
de 7 mil pessoas estão registradas neste setor em Amsterdã, e 75% são
originárias de países do Leste Europeu, segundo dados oficiais.

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